sábado, 11 de maio de 2013

GP Vila Fria - 25 Abril 2013

No passado dia 25 Abril participei em mais uma corrida do Troféu das Localidades de Oeiras, desta vez em Vila Fria. Estava algo ansioso com esta prova porque o meu joelho ainda não está a 100% mas a "vontade" foi mais forte que a "razão" e acabei por ir.

Na realidade quem tomou a decisão final foi a minha filha que às 7h decidiu que já não era hora para estarmos a dormir a um Domingo...

Devido à alvorada precoce chegámos a Vila Fria bem cedo e podemos ver todas as corridas dos outros escalões. É sempre interessante ver correr lado a lado adolescentes de 16 anos e atletas com mais de 60. Penso que essa é uma das mais valias desta competição, é uma verdadeira prova familiar. Há uma corrida para o filho e para o avô, para a mãe e para o pai.

Como habitualmente assim que começaram a chegar as primeiras senhoras da corrida dos 4km decidi ir fazer o aquecimento e testar a joelheira. Percorri exactamente 300m antes de parar. Estava demasiado calor e achei que era mais sensato fazer um aquecimento mais estático (que isto de correr cansa muito...). A joelheira atrapalhava um pouco mas achei que era mais seguro deixá-la ficar e tentar proteger o joelho.

As partidas nestas provas são sempre um pouco atabalhoadas mas esta foi particularmente difícil.
Quando os atletas se começaram a aproximar da partida decidi colocar-me mais para a frente do pelotão e bem atrás da minha"lebre" (o outro atleta "individual" que consegue estar no top 20 dos seniores e que faz tempos "parecidos" com os meus nunca consegui chegar antes dele...). Também como já é habitual as "estrelas" ficam a aquecer até quase ao "tiro de partida" e depois vão "encravar-se" na linha da frente, e como o conceito de "elite" é algo vago nestas provas acabei por partir bem no meio do pelotão.

Já com toda a gente "confortavelmente" na linha de partida ficamos mais de 10 minutos a estufar ao sol à espera do último atleta na corrida anterior. Entretanto ainda temos que sair da estrada parar deixar passar uma ambulância porque um atleta mais sénior se tinha sentido mal (estava mesmo muito calor).

O conceito de tiro de partida também é algo vago e mais uma vez não o ouvi. Reparo que nos começamos a movimentar e atabalhoadamente lá ligo o Endomondo e o Suunto e começo a enfrentar a multidão. Uma das lições que aprendi nestas provas é: "que se lixe a educação e venham os cotovelos ou saber posicionar-se na partida é uma arte." :)



Ao fim de 400m já consigo correr a direito e olho para o relógio e quase que tenho um ataque cardíaco  17.5 km/h. Ok é velocidade instantânea mediada pelo acelerômetro mas de qualquer maneira é muito acima do meu plano. Por falar em plano, esta prova tinha duas características muito simpáticas: primeiro era uma prova longa (para as corridas do troféu  com 9km, e segundo eram 4,5km a descer e depois voltar para trás com 4,5km a subir com um ganho total de mais de 100m. Como estava em "recuperação" o objectivo era poupar-me na descida para conseguir fazer a subida. Obviamente que a adrenalina não deixou, segui a lebre qual galgo e fiz os 4km em 15'54''. Quando começo a fazer a subida parece que o coração me vai saltar mas consigo manter 5'/km até ao final.Talvez devido ao calor desta vez existia um abastecimento de água no 5km, acho que é capaz de ter salvo vidas...

 Já na subida final em completa exaustão olho para o relógio que marca 200ppm e penso: ok devo estar quase a cair para o lado mas só já faltam 100m. Afinal faltavam 400m e acabei a prova com 9,3 km em 43'26. No final tive direito a mais uma garrafa de água e uma recepção de campeão da minha filha.


Acabei em êxtase, completamente exausto mas sem dor no joelho. O anti climax chegou quando as classificações saíram. Fiquei em 21º no meu escalão, o que significa que fui o primeiro a ter 2 pontos (do 11º ao 20 são 3 pontos e do 21º ao 30º são 2). grrrrrr......

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